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28/12/2013

40°CAP - A APOSTA - ALMOÇO NO BANGALÔ.



Apenas cinco duplas completaram o desafio.
O restante da turma desistiu em vários
pontos do circuito.

Nina está sentada sobre a areia quente.

Suas pernas queimam, os joelhos gritam e o
pulmão está dando uma de coitadinho,
chiando quando o ar entra e sai.

Harry alonga o pescoço, os braços, os ombros.

A cada movimento que faz, os músculos
saltam às vistas de maneira ultrajante.

— Onde ele malha? No Olimpo? – uma das

meninas comenta.

— Estou sem palavras. – outra reitera.


Nina não deveria sentir-se assim, mas o

ciúmes chega sorrateiro, instalando-se na
boca do estômago. Várias das garotas do
último ano estão babando em Harry e isso a
deixa incrivelmente alterada.

Antes que fale alguma bobagem, o monitor

anuncia os vencedores. Harry e Nina venceram
por muito pouco.

Nathália e Lais dão pulinhos e batem

palmas. Suas duplas desistiram logo no
começo da disputa. É Lais quem aponta para
o bangalô montado na areia da praia.

A estrutura consiste num tablado de

madeira, com duas paredes laterais feitas em
bambu e cobertura de tecido tensionável.

Nina observa uma mesa baixa em estilo

japonês e futons cor de terra espalhados pelo
chão.

A mesa está posta, lindamente adornada

com flores e um candelabro no centro. Pela
forte brisa que vem do mar, Nina pensa que
será impossível acender as velas.

— Vencemos. – Harry se aproxima.


— Tudo por um camarão, hein? – Nina

prende os cabelos no alto.

— Talvez eu tenha feito isso pela lancha. –

o comentário de Harry pega a garota no
contrapé. Ela finge não ter ouvido e combina
de se encontrarem no bangalô, em meia
hora.


~~***~~

Nina está nervosa com esse almoço. Não
consegue escolher uma roupa para vestir e
Lais resolve ajudar, escolhendo pela amiga.
O vestido de tecido fluido e floral é bem
curtinho, com mangas esvoaçantes e um
decote arrematado por um laço. Lais separa
também um biquíni para Nina usar por baixo.
Nos pés, um dos chinelos da mega coleção.

Nathália está jogada na cama quando Nina

gira nos calcanhares, fazendo o vestido
flutuar ao seu redor. As amigas batem
palmas.

— Eu não sei nem o que conversar com ele.

Sobre o que vou falar? Era muito mais fácil
quando eu só precisava ser ácida e cruel. –
Nina se senta numa cadeira para que Lais
possa arrematar uma presilha na lateral dos
cabelos dela.

— Seja você mesma, fale o que der na

telha. – Nathi aconselha.

— E se eu falar besteira?


— Pare de sofrer por antecipação. – Lais

finaliza os cabelos de Nina. – Você vive me
dizendo isso.

— Não é tão fácil na prática. – ela se

levanta, fitando o reflexo no espelho. Se não
se conhecesse o suficiente, diria se tratar de uma outra pessoa, alguém que nunca foi
enganada e que acredita em contos de fada.


~~***~~

Harry está com o peitoral escondido, é isso
mesmo produção? O cara veste uma camiseta
azul, bermuda branca e um chinelo desses de
couro, bem moderninho.

Lais tem um ataque de riso quando vê o

garoto recostado no bangalô, girando uma
flor nas mãos. Será para Nina?

Ele e Gancho conversam… na verdade,

parece que Gancho dá as instruções e Harry
concorda, meneando a cabeça.

— Agora é com você. – Lais ajeita uma

mecha do cabelo de Nina para trás da orelha.

– Nada de ficar tensa, tá legal? Aja

naturalmente e tudo dará certo.

— Não acredito no que está acontecendo.

Se me dissessem, uma semana atrás, eu
teria feito xixi nas calças de tanto rir. – Nina  está desconfortável em sua própria pele.

— Na verdade, acho mais provável que

você tivesse socado quem lhe contasse algo
assim. – Nathi olha para Gancho e suspira
alto.

— É, tem razão. Eu teria socado o infeliz. –

Nina concorda.

Os amigos param de conversar no instante

em que as garotas chegam. Harry engole Nina
com os olhos e ela se sente ruborizar. A brisa
sopra o vestido de maneira sensual e o
garoto não consegue disfarçar o fascínio que
ela exerce sobre ele.

— Seus sortudos do caramba! Bom almoço

para vocês. – Gancho se encaixa no meio de
Nathi e Lais, abraçando-as pela cintura. –
Venham, meninas, vamos comer o grude do
restaurante. – e os três seguram risinhos,
dando meia volta à caminho do hotel.

Harry gira a flor com uma expressão nervosa.

Nina olha para os pés, sentindo algo
crescente se formar em seu estômago, não
sabe como agir em situações como essa. Ou,
se sabe, desaprendeu em algum lugar do
passado.

— Você está linda. Perfeita, eu acrescento.– o tom de Harry é formal.


— E você está vestido… uau. – o

comentário de Nina era para ter soado ácido,
mas não foi assim que saiu.

— Bem-vindos ao nosso humilde bangalô,

vencedores. Tomem seus assentos, porque a
viagem gastronômica já vai começar. – o
Chef Jamie Oliver de britânico não tem nada. O sotaque é americano, daqueles bem arretados.

Nina morde o lábio, segurando o riso. Harry

olha para o céu, respirando fundo para não
gargalhar. O Chef deposita duas casquinhas
de siri na mesa e volta para a cozinha,
seguido por um garçom.

— Primeiro as damas. – Harry curva o corpo

para a frente, permitindo que Nina passe. Ela
faz uma reverência e tira os chinelos na
entrada do bangalô, sentando-se sobre um
futon.

Harry se ajoelha perante a garota antes de

tomar o seu lugar. Ela congela, não esperava
por isso. O garoto pede permissão com o
olhar.

— Está brincando, não é? – Nina recua,

desconfiada.

— É só uma flor. – ele a gira entre os

dedos, pelo caule. – É a minha bandeira da
paz, uma trégua.

— Uma trégua? – ela pensa por um

segundo. – Tudo bem, acho que posso aceitar
isso.

Numa situação para lá de romântica, Harry

coloca a flor nos cabelos de Nina, usando a
presilha de Lais para prendê-la. Nina abaixa
a cabeça, sentindo um calor sufocante de
repente.

— Sem jogos, concorda? – eles se encaram

e Nina abafa os sentimentos que afloram,
descontrolados. Engole em seco e concorda
com os termos de Harry:

— Sem jogos. Entendido.


Os dois brindam com os talheres e

começam a comer. Nina revira os olhos, em
êxtase. Essa, definitivamente, é a melhor
casquinha de siri que já comeu na vida.

O Chef Jamie Oliver volta da cozinha, trazendo

uma imensa porção de camarões graúdos
empanados e fritos, com um molho tártaro
para acompanhar.

O garçom recolhe os primeiros pratos e

serve mais água e coquetel de frutas – sem
álcool, infelizmente. Não sou a favor de
bebidas alcoólicas, mas nesse caso até que
poderia ser bem útil.

Nina não está à vontade. Teme que Harry

entre na conversa aposta e beijos roubados.
É exatamente no que ele pensa, só está
tentando encontrar uma brecha para falarem
sobre o assunto.

Esse poderá ser um diálogo perigoso,

envergando por terrenos desconhecidos. O
garoto, após devorar quase um prato de
camarões, resolve que o momento é agora.

— Temos que conversar sobre o que está

havendo.

— Você disse sem jogos. Então, será que

não poderíamos falar sobre outra coisa? –
Nina se esquiva.

— Em algum momento, teremos que falar

sobre isso.

— Não sendo agora, para mim está ótimo. – Nina tenta parecer descontraída, mas os

músculos de sua face a entregam. Estão
tensos e sua expressão denota apreensão.

O garçom retira o prato de camarões e o

Chef Jamie Oliver coloca uma imensa lagosta na
frente dos garotos, explicando, em detalhes,
a forma como foi feita. Quando a explanação
termina, Chef e garçom se retiram e Harry
retoma o assunto, tomando um outro
caminho:

— Eu tenho uma curiosidade imensa sobre

você. – ele a encara, perscrutando suas
reações: – O que aconteceu para transformá-la
em uma muralha? Por que parece ter tanto
medo de se envolver? – Harry entrelaça os
dedos sobre a mesa, aguardando.

— Quer mesmo falar sobre isso? – Nina

limpa as mãos em uma toalha úmida, trazida
juntamente com a lagosta. – Quer mesmo
saber o que aconteceu no meu passado? –
faz uma pausa dramática e arremata: –
Talvez não goste do que ouvirá.

— Quero muito entendê-la, conhecê-la

melhor.

— Só quer isso porque faz parte da aposta.– Nina cruza as mãos à frente do corpo, na

defensiva.

— Não é isso. Não estou jogando. – a

sinceridade exala daqueles lábios sedutores.

Nina inspira profundamente. Poucas

pessoas sabem o que aconteceu no passado,
sua história com Bruno. Lais e Nathália são
duas delas. Mas um impulso em abrir o jogo
a assola de repente, como se esse fosse o
certo a fazer.

— Se é isso o que você quer, tudo bem.

Vou contar.


Nota da Autora: Olá minhas amoras e amores!! Pra quem é fã e ama ler as Fanfics dos Jonas Brothers, super recomendo o Blog da minha Amiga, o nome e o site: Fic's Jemi(só clicar.Mais voltando ao assunto principal que obviamente é eu não ter ganho um violão de natal. Mentira mais falando sério (eu nunca falo sério) oque estão achando Fic?? Caso não tenham gostado de alguma coisa me avisem e não esquecem de comentar e seguir o blog .Beijos X Beijos 


3 comentários:

  1. Ta muuito per-fect essa fic :D

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  2. Ai meu Deus ta muito perfeito! <3
    Não acredito que ela vai contar pra ele.
    Que legal.
    Que fofo.
    Que lindo. kkkkk
    Continua Leeh

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  3. Essa fic ta PERFEITA Leeh... to 'in love ' com ela! Beiijos amore! xBruna

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A cada 10 pessoas que comentam 4 delas dizem, na verdade o que eu realmente não sei o que estou falando, então se entendeu parabéns e obrigada por comentar.
E lembrando foi comprovado cientificamente que comentar emagrece.