— Não vai rolar. – Nina recua, balançando
a cabeça. – Minhas pernas não aguentarão
nem a metade dessa subida.
— A escalada é bem punk mesmo. – Harry
analisa o mapa, buscando uma rota
alternativa.
O morro é um tanto íngreme, cheio de
rochas, pedras soltas e vegetação rasteira.
Nina observa quatro cordas que vem do cume
até o sopé.
— Estou podre, o efeito do Dorflex já
passou faz tempo. Acho melhor desistirmos.
— De jeito nenhum. Qual é, não sou cara
de desistir fácil. – Harry analisa as cordas e o terreno. – Mas você tem razão, também
estou quebrado.
— Vamos voltar então. – Nina recosta em
uma rocha, esvaziando o cantil de água na
nuca.
— Podemos dar a volta e contornar o
morro. Veja o mapa. Se caminharmos rente a
montanha, não iremos nos perder.
— Má ideia. Não sabemos onde a trilha vai
nos levar. – Nina discorda.
— Já disse, não vou desistir. Se quiser
voltar, volte.
— O quê? E deixar você contar vantagem
depois? Nada disso! Começamos juntos e
vamos até o fim. – Nina se põe de pé, pronta
para encarar o desafio. – O que estamos
esperando?
Harry deixa um sorriso debochado emoldurar
sua face, iluminando-o de maneira
transcendental. Dá uma olhadela no relógio
de pulso e se sobressalta:
— Vamos andando, já são quatro da tarde.
~~***~~
secundária, Bárbara e Bola finalmente saem
de trás das árvores. Ainda estão algemados e
a Kibi o puxa com brutalidade.
— Você é muito mole! – Bárbara estressa.
— Chega disso. Você já conseguiu várias
fotos por hoje. Eu quero voltar.
— Cale a boca e ande logo. – Bárbara dá
um tranco em Bola, colérica.
— Pare! Não vou mais seguir você. Seu
plano é idiota, sabia? Você está tão cega de
ódio que nem se deu conta disso. – o garoto
estaca.
Notando que Bola não ajudará, Bárbara
resolve mudar de estratégia. Com lábios de
mel, aproxima-se do cara, docilmente.
— Não quer ganhar um beijo meu? Não foi
esse o nosso acordo? Se você for até o fim
nisso comigo, é o que vai ganhar como
prêmio.
Bola, que nunca beijou uma garota na vida,
começa a repensar. Mesmo sabendo que pode
apanhar a qualquer instante, solta a bomba:
— Me dê um beijo agora ou nada feito.
Trincando de raiva e com os punhos
cerrados, Bárbara se vê num beco sem saída.
Na verdade, ela possui várias alternativas,
mas opta por se manter no plano original.
— Você quer um beijo meu, Bolinha? E
então fará tudo o que eu mandar? – a Kibi
vai se aproximando, gingando, levando as
mãos aos braços de um Bola todo arrepiado.
— Me dê um beijo de verdade que eu sigo
você até o inferno.
Reunindo coragem e imaginando que Bola
se trata de Harry, Bárbara sussurra no ouvido
do cara antes de lhe tascar um beijo:
— Que assim seja.
~~***~~
vistas. Harry e Nina estão caminhando há
quase uma hora e nada de chegarem a lugar
algum.
— Já passamos por aqui, Harry. Estamos
andando em círculos. – nesse momento, um
raio risca o céu. – E está para cair uma
chuva daquelas! – Nina faz uma pausa
dramática, levando as mãos à cintura. – Que
horas são?
— Cinco da tarde. – Harry responde num fio
de voz. Odeia a cara arrogante que Nina faz
quando tem razão.
— Me dê os sinalizadores. – ela estende a
mão, batendo um dos pés no chão.
— Espere. – Harry fecha os olhos, buscando
escutar os sons da mata. – Está ouvindo?
— O quê? Só escuto a chuva se aproximar.
— É barulho de água. – Harry abre o mapa. –
Se for o mesmo riacho, podemos seguir a
trilha até chegarmos ao local onde
encontramos a caixa. Aí ficará fácil voltar
para a praia.
— Harry, estamos perdidos e já são cinco da
tarde. Os monitores e os professores devem
estar preocupados.
— Confie em mim. – Harry passa por Nina,
seguindo o som da água.
— Mas que droga! – irritada, ela soca o ar e
não vê alternativa a não ser seguir Harry.
~~***~~
córrego. Existe uma trilha larga ladeando as
margens. Nina completa o cantil com água
fresca e Harry faz o mesmo. A chuva começa a
cair, um tanto tímida ainda.
Relampeja e a escuridão se aproxima. Nina
segue Harry de cabeça baixa e não nota
quando ele para abruptamente. A trombada
desconcentra-a.
— Ai, o que foi agora? – pergunta, olhando
por cima do ombro dele.
— A trilha acaba aqui. – Harry rosna.
Uma imensa rocha interrompe a trilha e
não parece haver outro caminho. Nina
esbraveja e ataca Harry:
— Eu falei que deveríamos ter voltado, seu
cabeça dura! Agora está escuro, estamos
perdidos e demorarão séculos para nos
acharem! – ela bate a mão espalmada na
rocha, estressada. – Que droga, por que eu
fui ouvir você?
— Quieta! Estou tentando pensar. – Harry se
altera.
— Quieta? Quieta? Está mandando eu ficar
quieta? – Nina urra, mais alto que o barulho
da chuva.
— Eu mandei calar a boca!
— Ah, é? Vem calar se você for homem,
seu babaca!
Ai, ai, ai. Aí a garota mexeu com o brio do
cara. Num ímpeto, Harry parte para cima de
Nina, segurando firme os ombros dela contra
a rocha lodosa. Gotas de chuva escorrem
pela face, levando o suor e a sujeira embora.
Harry não retruca. Seu peito – descamisado
obviamente – movimenta-se num ritmo
inconstante, acompanhando as batidas do
coração. Esses dois estão próximos demais.
Harry se esquece de onde está e para onde
deveria ir. Não se importa com a chuva, a
trilha interrompida ou mesmo por estarem
perdidos. A única coisa que ele quer é calar
aquela boca.
E ele a cala, sentindo um choque térmico
ao tocar os lábios de Nina. Tão sedosos,
saborosos, sedutores. Ao invés de se afastar,
ela corresponde, agarrando-se a ele,
cravando as unhas em suas costas e
descendo.
Harry fica louco quando ela apalpa sua bunda
redonda e bem definida, demora a entender
o que ela pretende com isso. Quando Harry se
dá conta, não há mais tempo para impedi-la.
Nina acaba de iluminar o céu com um dos
sinalizadores.
Ele se afasta, limpando a boca como se
tivesse pedido sorvete de chocolate e na
verdade, a sobremesa fosse feita de jiló.
— Por que fez isso? – interpela, lançando
um olhar abrasador na direção de Nina. – Por
um milionésimo de segundo, pensei que
estávamos nos entendendo.
— Pensou errado. – Nina rebate. – Estou
com fome, com frio, debaixo dessa chuva e
ainda por cima perdida com você. O que eu
deveria fazer?
Um farfalhar no meio da mata atrai a
atenção dos dois. Entreolham-se, sem saber
o que pensar. O barulho torna-se mais
intenso, algo aproxima-se rapidamente.
Harry segura Nina contra a rocha, selando
seus lábios com o indicador. Tira o canivete
do bolso e com um aperto de botão, libera a
faca.
O farfalhar continua. O que mais pode dar
errado no dia de hoje? Nina está apreensiva,
aguardando. Um instinto protetor desperta o
homem das cavernas que existe em Harry.
Assume uma posição de ataque, protegendo-a
com o próprio corpo e a lâmina em punho.
— Ah, são vocês. – uma cínica Bárbara
finge surpresa. – Não somos os únicos
perdidos, viu Bolinha?
— Ei, Harry, vai nos matar? – Bola aponta
para o canivete. Harry fecha a faca e guarda o
acessório no bolso, relaxando.
— O que estão fazendo aqui? – Nina
pergunta, por sobre o ombro de Harry.
— Estamos perdidos, como vocês. Vimos o
sinalizador e viemos para cá. – Bola,
acostumado a mentiras, nem precisa se
esforçar.
— Vocês ainda estão algemados. – Harry
observa, intrigado.
— Longa história. – Bárbara leva as mãos
aos cabelos molhados, sacudindo-os a seguir.
– Não deveríamos usar outro sinalizador?
— Eu solto, eu solto! – Bola empolga e
aponta o cano vermelho para cima, liberando
a luz a seguir. A noite se ilumina de
imediato.
— Agora temos que esperar. – Harry se vira
para Nina que, como ele, também sente a
mentira no ar.
Bárbara e Bola iniciam uma discussão
irritante sobre onde sentarão. Apesar de
ensopada, a Kibi não quer sujar o minúsculo
short. Enquanto eles brigam, Nina aproxima-se
de Harry e sopra em seu ouvido:
— Não é mega estranho estarem
algemados ainda? Acha que estavam nos
seguindo?
Harry suspira alto. Nina tinha razão, estavam
sendo seguidos. A Kibi quer vingança e pelo
visto, mantém algum plano diabólico em
mente que envolve espionagem e sabe-se lá
mais o quê. Mas Harry descobrirá, afinal, Bola
está metido nisso de alguma maneira.
— Nina, eu não faço ideia. – ele puxa o
sinalizador do bolso traseiro da bermuda,
encarando o tubo por algum tempo. – Bola,
vocês tem mais um aí, certo?
— Sinalizador? É, temos mais um.
— Vamos disparar um a cada cinco
minutos, beleza?
— Beleza, Harry. – Bola concorda,
desequilibrando-se e caindo quando a Kibi o
puxa para baixo.
Harry vai até o riacho e pega algumas
pedrinhas no chão. Começa a jogá-las, uma a
uma, no meio da corredeira, na intenção de
fazer com que o tempo corra mais depressa.
Bola e Bárbara não param de discutir um
segundo. Harry olha para Nina de esguelha. Ela
está se abraçando, trêmula. A chuva é
pesada, fria e a sensação térmica cai alguns
graus.
Tomado por uma força maior, ele caminha
até a rocha, arrancando a camiseta presa à
bermuda, torcendo-a para tirar o excesso de
água. Aproxima-se de Nina, colocando a
camiseta sobre os ombros dela. Os dois se
encaram.
— Logo estaremos no hotel. – Harry ajeita
uma mecha úmida do cabelo de Nina atrás da
orelha.
— Preciso de um banho fervendo. – ela
fricciona as mãos contra os braços, tentando
em vão se aquecer.
— E depois, um cheeseburger duplo com
maionese. – o estômago de Harry dá as caras
quando pensa em comida.
— Com batatas fritas. – ela sorri,
penetrando mais fundo nos olhos de Harry.
— E milk shake de chocolate.
— Com caramelo.
Uma nuvem elétrica cerca esses dois,
prendendo-os de maneira sobrenatural. Harry
sente uma vontade irresistível de tocá-la,
mas é Nina quem diminui a distância,
afundando o rosto em seu peito. Ela arfa
quando se sente abraçada, seu corpo se
arrepia quando a temperatura começa a
subir.
— Já devem estar chegando. – Harry
pressupõe, tocando a testa de Nina com os
lábios.
— Hum, hum. – ela já não sabe se quer ser
resgatada. Por um breve momento, a
segurança que sente nos braços de Harry
parece bastar.
— Não está na hora de soltarmos outro
sinalizador? – Bola pergunta, acima das
reclamações de Bárbara.
— Manda lá, Bolota. – Harry responde, sem
olhar para trás.
Nota da Autora: Ooownt momento fofis entre Nirry ><, isso mesmo minha Amoras, nosso casal selvagem foi apelidado como Nirry e quem inventou o apelido foi Nut. (Bem eu não sei seu nome então vou te chamar de Nut).Foi isso minha amoras, espero que tenham gostado Beijos X Beijos
awwwwwn que lindo ><
ResponderExcluirficou tão perfeito.
meu nome mesmo é Laura.
nada vê com Nut, eu sei.
mas minhas amigas me chamam assim pq eu
aaaaaaaaaaaammmoooo nutela.
e eu até prefiro Nut mesmo.
cara eu to simplismente amando isso
eles estão in love q eu sei.
vish. hj escrevi tudo abreviado ~a preguiça mata~
kkkkkkkkkkk gostei do seu apelido !!! Acho que todo mundo desconfia que eles estão in love kkkkkkkkkk' Vishi se preguiça matasse, juro, acho que não estaria respondendo você!! kkkkkkkkkkkk :3
Excluirperfeito. sem mais :''')
ResponderExcluirQue bom que gostou Liamda :3
Excluirowwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwnnnt
ResponderExcluirque fofo. ><
ta tao perfeito
Mesmo a Nina não querendo, você tem razão, eles são tão fofos :3
Excluircontinua ta perfeito
ResponderExcluirContinuo sim Babe e que bom que gostou :3
Excluirfloooor ta perfeito.
ResponderExcluirpor dentro tenho certeza que eles estão falando isso um para o outro: http://static.maniadescraps.com/imagens/cybergan38/animacoes/euteamo.swf
pelo menos é o que eu vou falar quando conhecer os minos. kkkkkkkkkk
continua ta d+
hahahaha' no fundo, no fundo mesmo, no lado negro do coração de cada um, também aposto que é isso que eles estão dizendo kkkkkkkkk' :3
ExcluirNoooooooossa que perfeeeeeeeeeeeeeiiitoooooooo <3 kkkkk
ResponderExcluiramo o blog e fic.
O mundo tem que ler isso kkkkkkk
Queria muito que você lesse minha fic (Opostos se... Atraem?! ) nesse blog:
http://dreamland-one-direction.blogspot.com.br/
Ai você comenta e me diz se tá bom, ok? kkkkkkk
[me senti uma mendiga pedindo comentarios agora :p]
Que bom que gostou Liamda, e fico feliz por ter gostado do blog e é claro que leio a sua fic e pode fica tranquila, você não ta parecendo mendiga de comentários kkkkkkkkkk' Beijos.
Excluircontinuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa <3
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